quarta-feira, 30 de junho de 2010

MÁRTIRES DO SÉC. XX NO BRASIL


Brasília, 25 de junho de 2010 – Nº 2372

CNBB celebra 25 anos do assassinato do padre Ezequiel Ramin e irmã Cleusa

O Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) fez memória hoje dos 25 anos da morte do padre Ezequiel Ramim e da irmã Cleusa Carolina Rody Coelho. Ambos foram assassinados em 1985 por causa de sua atuação em defesa dos indígenas. O Conselho lembrou também os assassinatos da irmã Dorothy Stang (cinco anos) e padre Gisley Azevedo (um ano), que foi assessor do Setor Juventude da CNBB.
O presidente da CNBB, dom Geraldo Lyrio Rocha, presidiu a missa e disse que o assassinato dos religiosos os faz participantes da páscoa de Jesus. O nome de cada um deles foi lembrado no início da missa com um breve relato de sua vida e a causa de seu assassinato.
Missionário comboniano, nascido em Pádua, na Itália, em 1953, padre Ezequiel Ramim chegou ao Brasil em 1º de setembro de 1983 e passou a residir em Cacoal (RO), diocese de Ji-Paraná. Ele foi assassinado no dia 24 de julho de 1985, vítima de uma emboscada.
“Em minha volta, as pessoas morrem, a malária cresceu assustadoramente, os latifundiários aumentam, os pobres são humilhados, os policiais matam lavradores, as reservas indígenas são invadidas. Com dificuldade os meus olhos conseguem ler a história de Deus por aqui”, escreveu padre Ezequiel pouco antes de ser assassinado.
Irmã Cleusa Carolina Rody Coelho, nascida em 1933, era capixada de Cachoeiro do Itapemirim. Foi assassinada em 28 de abril de 1985 no rio Passiá, em Lábrea, Amazonas. O assassino foi um índio apuriná, a quem havia ajudado poucos meses antes. Irmã Cleusa era missionária Agostina Ricoleta. Em maio de 1991 foi dada a entrada no processo pedindo sua beatificação.
A religiosa americana, irmã Dorothy Stang, foi assassinada no dia 5 de fevereiro de 2005, em Anapu, no Pará,e o padre Gisley no dia 15 de junho de 2009. (Leia aqui poema sobre irmã Dorothy e artigo sobre padre Gisley)
Homilia
Em sua homilia, dom Geraldo lembrou Cristo oferece seu perdão como purificação da “lepra do pecado”. “A cura do leproso nos leva a pensar na purificação que Cristo realiza em nós quando nos liberta da terrível lepra do pecado que é sempre uma ofensa a Deus, ruptura de comunhão com o Pai e com sua família que é a Igreja”, disse dom Geraldo.

Assessoria de Imprensa da CNBB
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sexta-feira, 25 de junho de 2010

“O VERDADEIRO PRESENTE!” Meu primeiro dia das crianças em Maputo.


Nós já comemoramos o Dia das Crianças em 01-06-10. Aqui não se fala primeiro de Junho, mas sim um de Junho, que é um dia especial! Um dia de alegria! As crianças não recebem presentes, mas tem um almoço especial: arroz com cebola, batata frita, frango assado e a sobremesa: bolo de chocolate.
No dia um de Junho, cada criança recebe um balão, para as crianças moçambicanas o balão é muito significativo. Aqui não se comemoram o dia dos pais e nem o dia da mães, mas o dia das crianças é muito festejado. Em casa, as crianças são tratadas com todas as honras.
Na Escolinha, organizamos um almoço especial e servimos bolo com sumo (suco), foi uma grande festa. Na escola primária, as crianças trouxeram seu próprio lanche, aquele arroz caprichado! Na Escola ocorreram atividades recreativas – jogos, dança, festival de futebol.
E com toda essa festa, nem é feriado aqui em Moçambique. Para mim foi um dia especial, devido a data, porque mesmo sendo missionária, estou condicionada à minha cultura: dia das crianças é 12 de outubro com feriado! E foi bom comemorar de outra forma e em outra data. A festa aqui é vivida com uma intensidade que envolve toda família. Festa simples, mas com um valor imenso. Não é oferecer um presente para a criança, mas reconhecer que a criança é o presente.
A partida, a saída, me ajuda a valorizar aquilo que temos e descobrir também novos valores.
Estamos Juntos. Na graça!