domingo, 29 de março de 2009

Grupo de Apoio á Missão

COLOQUE O MUNDO NO SEU LAR!

Você já parou para pensar na importância de participar do Grupo de Apoio a Missão? É tarefa da Animação Missionária, colocar o mundo no centro, no altar dos nossos corações, nos levar ao encontro do outro e ajudar a perceber que não podemos pensar só em nós. A Boa Nova do Evangelho é para todos!

O GRUPO DE APOIO A MISSÃO tem 3 tarefas específicas:

1) Animar missionariamente a Igreja local, trabalhando em conjunto com o COMIPA e outras forças missionárias, dentro da metodologia e espiritualidade comboniana;
2) Incentivar, rezar e acompanhar as vocações missionárias da Igreja: sacerdotes, irmãos, irmãs, leigos e famílias missionárias;
3) Apoiar financeiramente o Projeto dos Leigos Missionários Combonianos e outras iniciativas missionárias, segundo os critérios do grupo;
Para que o grupo missionário funcione bem, é importante que os encontros sejam mensais, programados e bem participativos. É como uma cadeira que tem 4 pernas:
1) ESPIRITUALIDADE EVANGÉLICA: A sugestão é que no dia do encontro do grupo se realize uma reflexão inicial com o texto do Evangelho do domingo. Isto ajuda os membros do grupo a irem compartilhando e caminhando para uma espiritualidade baseada na vivência da Palavra de Deus.
2) FORMAÇÃO MISSIONÁRIA: que o grupo se dedique a momentos de formação missionária, como o estudo dos documentos para ajudar a ter presente o projeto de Deus e aprofundar a dimensão missionária “Ad gentes”.
3) CAMINHAR COM A IGREJA LOCAL: a importância de estar sintonizado com os acontecimentos do COMIPA, COMIDI, participando das ações propostas e auxiliando na reflexão da missão “ad gentes” , além fronteiras.
4) ATIVIDADES DO MÊS – refere-se a expressão concreta de nossa fé. São as iniciativas que podem ser trabalhadas a cada mês.
Assim, com nossa organização e compromisso, daremos testemunho com nossas vidas de que Missão é tarefa essencial da Igreja.
Cristina

Moçambique





Eis algumas notícias da Comunidade Comboniana de Carapira - onde encontra-se em atividades Lourdes lmc do Brasil, Carlos e Adelaide, lmcs de Portugal.



 No passado dia 14 de Março o fundador da Escola Industrial de Carapira , Irmão João Gracian, esteve de visita a esta mesma escola que aproveitou o momento para o homenagear na presença de alguns ex-alunos, em agradecimento pela construção desta obra que já conta com 45 anos.

 Em consequência das fortes trovoadas que são usuais durante os meses de Janeiro e Fevereiro, caiu um raio na Igreja de Carapira originando um pequeno incêndio que provocou alguns danos e prejuízos e queimando ainda a bomba de água da escola, causando grandes transtornos durante 3 dias.

 As comunidades Combonianas de Carapira, Namahaca, Mueria e Nacala, encontra-ram-se na Cabaceira no dia 15 de Março para celebrar a Festa de São Daniel Comboni.

 Decorreu no dia 21 de Março mais um encontro de jovens da Paróquia de Carapira sob o tema "O Jovem na Comunidade Cristã". Estes jovens são oriundos de diversas zonas, algumas tão distantes que têm que percorrer 4 horas de caminho para cá chegar.

 No próximo dia 3 de Abril acaba o 1º período de aulas do presente ano lectivo. Entre os dias 4 e 13 de Abril os alunos irão a casa passar estas férias com as res-pectivas famílias.

 A Comunidade LMC está a tentar angariar benfeitores para comprar um amplifica-dor e duas colunas para a Escola Industrial de Carapira. Este material irá permitir melhorar as actividades culturais realizadas pelos alunos.


quinta-feira, 19 de março de 2009

COMINA






Assembléia do Conselho Missionário Nacional (COMINA) debate desafios à Missão

Iniciação Cristã, Missão Além Fronteiras, Missão Continental. Estes são os três desafios que o Conselho Missionário Nacional (Comina) está discutindo em sua 28ª Assembleia Geral, iniciada ontem, 12, na sede das Pontifícias Obras Missionárias (POM). Com a participação de 45 membros, a Assembleia contou, na abertura, com a presença do secretário geral da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa. Na reunião, serão aprovadas as propostas para serem trabalhadas nos próximos quatro anos tendo como referência Missão Continental, Ano Catequético e Ano Paulino. Além disso, o Conselho vai eleger seus novos secretários e tesoureiros.
Segundo o diretor das POM, padre Daniel Lagni, ao debater estes desafios, o Comina destaca a importância da comunhão no trabalho missionário. Integram o Conselho, além da CNBB, a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), as Pontifícias Obras Missionárias e outros organismos como os Conselhos Regionais e Diocesanos Missionários, o Conselho Missionário Indigenista (CIMI), o Centro Cultural Missionário (CCM), Institutos Missionários.
“Nosso objetivo é buscar a comunhão para não fazermos trabalho paralelo. Cada um dos organismos que compõem o Comina tem seu estatuto próprio, mas todos trabalham em sintonia com as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil”, explicou padre Daniel.
A presidente da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), Irmã Márian Ambrósio, pensa da mesma forma. “É um ganho unir os três desafios e fazer deles uma unidade. Entender o que é missão e responder a um grito da época”, observa. De acordo com a religiosa, é preciso valorizar mais a força do Comina. “São três grandes forças: CNBB, CRB e POM. Não conheço um país em que o projeto missionário consegue reunir estas três forças, mas, de forma mais ampla, o povo ainda não consegue ver isto”, lamenta.
Para o diretor das POM é necessário formar cristãos com a consciência mais missionária e despertar o compromisso missionário da fé. “Temos muitos cristãos, mas poucos missionários”, disse. No entanto, ele entende que a consciência missionária já vem acontecendo no país. “O Brasil tem crescido na consciência, na causa, na animação, na formação e no envio missionário”. Recordou que o centro-sul tem enviado muitos missionários para norte e nordeste do país e também para o exterior. “A missão é para o mundo e para a humanidade. Na África, muitas vezes, a única presença na saúde e na educação é a da Igreja”, disse.
Segundo Irmã Márian, atualmente, cerca de três mil religiosos atuam no exterior. “As congregações que descobriram a missão como chave para sua revitalização enviam seus melhores missionários. A juventude se encanta com o serviço Além Fronteiras. É um serviço à humanidade”, comenta, animada, a religiosa.
Atualmente, o Comina mantém dois grandes projetos missionários. O primeiro é no Timor Leste, que já dura dez anos; o segundo é na Guiné Bissau. Já o Regional Sul 3 da CNBB (estado do Rio Grande do Sul) mantém um projeto em Moçambique e os Regionais Nordeste 4 e Nordeste 5 sustentam outro projeto em Lichinga, também em Moçambique.
Segundo a presidente da CRB, o sucesso dos projetos missionários está na “comunhão” e o bispo deve ser seu grande articulador. Ela acredita que projetos isolados tenham mais dificuldade para dar certo. Para facilitar, o Comina ajuda na formação dos missionários através do Centro Cultural Missionário (CCM). “O CCM é o lugar da formação [do missionário] e da reflexão sobre o projeto”, destaca Irmã Márian.
FONTE: CNBB – 13/03/2009





Seminário Nacional de Formação




Nos encontramos em Brasília, onde a Rose participou de 12 a 15 de março no Seminário nacional de Formação: Programa de Formação Permanente do Cimi - Terra e Territorialidade". Foi uma grande alegria rever os amigos do Cimi e principalmente reencontrar o pessoal do Regional Rondônia com quem trabalhamos nestes últimos 10 anos. Ainda tivemos tempo de pártilhar alguns momentos com as senhoras luteranas que estavam em um encontro nacional e pudemos aprender com elas uma maneira de fazer estrelas de papel. Foi um dia de grande alegria e aprendizado. Valeu!!!

domingo, 15 de março de 2009

Cora Coralina


Replico esta poesia de uma grande mulher, Cora Coralina, que gosto muito.
um forte abraço a todas (os)
Adélia

Assim eu vejo a vida
A vida tem duas faces:
Positiva e negativa
O passado foi duro mas deixou o seu legado
Saber viver é a grande sabedoria
Que eu possa dignificar
Minha condição de mulher,
Aceitar suas limitações
E me fazer pedra de segurança dos valores que vão desmoronando.
Nasci em tempos rudes
Aceitei contradições
lutas e pedras como lições de vida
e delas me sirvo.
Aprendi a viver.
Cora Coralina


"Ai dos que coam mosquitos e engolem camelos" (MT 23,24)


06/03/2009 - 15:17 - Nota Pública sobre as declarações do presidente do STF, Gilmar Mendes

A Coordenação Nacional da CPT diante das manifestações do presidente do STF, Gilmar Mendes, vem a público se manifestar.

No dia 25 de fevereiro, à raiz da morte de quatro seguranças armados de fazendas no Pernambuco e de ocupações de terras no Pontal do Paranapanema, o ministro acusou os movimentos de praticarem ações ilegais e criticou o poder executivo de cometer ato ilícito por repassar recursos públicos para quem, segundo ele, pratica ações ilegais. Cobrou do Ministério Público investigação sobre tais repasses. No dia 4 de março, voltou à carga discordando do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, para quem o repasse de dinheiro público a entidades que "invadem" propriedades públicas ou privadas, como o MST, não deve ser classificado automaticamente como crime.O ministro, então, anunciou a decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), do qual ele mesmo é presidente, de recomendar aos tribunais de todo o país que seja dada prioridade a ações sobre conflitos fundiários.

Esta medida de dar prioridade aos conflitos agrários era mais do que necessária. Quem sabe com ela aconteça o julgamento das apelações dos responsáveis pelo massacre de Eldorado de Carajás, (PA), sucedido em 1996; tenha um desfecho o processo do massacre de Corumbiara, (RO), (1995); seja por fim julgada a chacina dos fiscais do Ministério do Trabalho, em Unaí, MG (2004); seja também julgado o massacre de sem terras, em Felisburgo (MG) 2004; o mesmo acontecendo com o arrastado julgamento do assassinato de Irmã Dorothy Stang, em Anapu (PA) no ano de2005, e cuja federalização foi negada pelo STJ, em 2005.

Quem sabe com esta medida possam ser analisados os mais de mil e quinhentos casos de assassinato de trabalhadores do campo. A CPT, com efeito, registrou de 1985 a 2007, 1.117 ocorrências de conflitos com a morte de 1.493 trabalhadores. (Em 2008, ainda dados parciais, são 23 os assassinatos). Destas 1.117 ocorrências, só 85 foram julgadas até hoje, tendo sido condenados 71 executores dos crimes e absolvidos 49 e condenados somente 19 mandantes, dos quais nenhum se encontra preso. Ou aguardam julgamento das apelações em liberdade, ou fugiram da prisão, muitas vezes pela porta da frente, ou morreram.

Causa estranheza, porém, o fato desta medida estar sendo tomada neste momento. A prioridade pedida pelo CNJ será para o conjunto dos conflitos fundiários ou para levantar as ações dos sem terra a fim de incriminá-los? Pelo que se pode deduzir da fala do presidente do STF, "faltam só dois anos para o fim do governo Lula"... e não se pode esperar, "pois estamos falando de mortes" nos parece ser a segunda alternativa, pois conflitos fundiários, seguidos de mortes, são constantes. Alguém já viu, por acaso, este presidente do Supremo se levantar contra a violência que se abate sobre os trabalhadores do campo, ou denunciar a grilagem de terras públicas, ou cobrar medidas contra os fazendeiros que exploram mão-de-obra escrava?

Ao contrário, o ministro vem se mostrando insistentemente zeloso em cobrar do governo as migalhas repassadas aos movimentos que hoje abastecem dezenas de cidades brasileiras com os produtos dos seus assentamentos, que conseguiram, com sua produção, elevar a renda de diversos municípios, além de suprirem o poder público em ações de educação, de assistência técnica, e em ações comunitárias. O ministro não faz a mesma cobrança em relação ao repasse de vultosos recursos ao agronegócio e às suas entidades de classe.

Pelas intervenções do ministro se deduz que ele vê na organização dos trabalhadores sem terra, sobretudo no MST, uma ameaça constante aos direitos constitucionais.

O ministro Gilmar Mendes não esconde sua parcialidade e de que lado está. Como grande proprietário de terra no Mato Grosso ele é um representante das elites brasileiras, ciosas dos seus privilégios. Para ele e para elas os que valem, são os que impulsionam o "progresso", embora ao preço do desvio de recursos, da grilagem de terras, da destruição do meio-ambiente, e da exploração da mão de obra em condições análogas às de trabalho escravo. Gilmar Mendes escancara aos olhos da Nação a realidade do poder judiciário que, com raras exceções, vem colocando o direito à propriedade da terra como um direito absoluto e relativiza a sua função social. O poder judiciário, na maioria das vezes leniente com a classe dominante é agílimo para atender suas demandas contra os pequenos e extremamente lento ou omisso em face das justas reivindicações destes. Exemplo disso foi a veloz libertação do banqueiro Daniel Dantas, também grande latifundiário no Pará, mesmo pesando sobre ele acusações muito sérias, inclusive de tentativa de corrupção.

O Evangelho é incisivo ao denunciar a hipocrisia reinante nas altas esferas do poder: "Ai de vocês, guias cegos, vocês coam um mosquito, mas engolem um camelo" (MT 23,23-24).

Que o Deus de Justiça ilumine nosso País e o livre de juízes como Gilmar Mendes!

Goiânia, 6 de março de 2009.

Dom Xavier Gilles de Maupeou d'Ableiges
Presidente da Comissão Pastoral da Terra

Maiores informações:
Assessoria de Comunicação - Secretaria Nacional da CPT
Fone: 62 4008-6406/ 6412 / 6400

para saber mais acesse o link: http://www.cimi.org.br/?system=news&action=read&id=3711&eid=142

Vaticano critica excomunhão no caso de aborto de menina de nove anos

Assimina Vlahou - De Roma para a BBC Brasil

Para Rino Fisichella excomunhão foi decisão apressada
Em artigo publicado pelo jornal da Santa Sé, o Osservatore Romano, neste sábado, o presidente da Academia Pontifícia para a Vida, Monsenhor Rino Fisichella afirma que os médicos que praticaram o aborto na menina de 9 anos, grávida de gêmeos após ter sido estuprada pelo padrasto, não mereciam a excomunhão.
"São outros que merecem a excomunhão e nosso perdão, não os que lhe permitiram viver e a ajudarão a recuperar a esperança e a confiança, apesar da presença do mal e da maldade de muitos", escreve Monsenhor Rino Fisichella, um dos mais próximos colaboradores do papa Bento 16 e maior autoridade do Vaticano em bioética.
Na avaliação do prelado, o arcebispo de Recife e Olinda, José Cardoso Sobrinho, foi apressado e deveria ter se preocupado primeiro com a menina.
"O caso ganhou as páginas dos jornais somente porque o arcebispo de Olinda e Recife se apressou em declarar a excomunhão para os médicos que a ajudaram a interromper a gravidez. Uma história de violência que, infelizmente, teria passado despercebida se não fosse pelo alvoroço e pelas reações provocadas pelo gesto do bispo."
Segundo Monsenhor Fisichella, o anúncio da excomunhão por parte de D. Jose Cardoso Sobrinho colocou em risco a credibilidade da Igreja Católica. "Era mais urgente salvaguardar a vida inocente e trazê-la para um nível de humanidade, coisa em que nós, homens de igreja, devemos ser mestres. Assim não foi e infelizmente a credibilidade de nosso ensinamento está em risco, pois parece insensível e sem misericórdia", escreve o bispo.
'Como um machado'
Na avaliação do prelado, a prática do aborto neste caso não teria sido suficiente para dar um parecer que "pesa como um machado", porque houve uma contraposição entre vida e morte.
Ele reconhece que, devido à idade e às precárias condições de saúde, a menina corria serio risco de vida por causa da gravidez. E justifica os médicos, que em sua opinião, merecem respeito profissional.
"Como agir nesses casos? É uma decisão difícil para os médicos e para a própria lei moral. Não é possível dar parecer negativo sem considerar que a escolha de salvar uma vida, sabendo que se coloca em risco uma outra, nunca é fácil. Ninguém chega a uma decisão dessas facilmente, é injusto e ofensivo somente pensar nisso."
De acordo com o presidente da Academia Pontifícia para a Vida, segundo a moral católica a defesa da vida humana desde sua concepção è um principio imprescindível. O aborto não espontâneo sempre foi e continua sendo condenado com a excomunhão, que é automática.
"Não era, portanto, necessária tanta urgência em dar publicidade e declarar um fato que se atua de forma automática, mas sim um gesto de misericórdia."

sábado, 14 de março de 2009

Uma outra Igreja é possivel!

Diante das polêmicas desses dias sobre o aborto realizado para a vida da criança estuprada de Recife, é importante que todos os cristãos expressem seu pensamento, contribuindo à construção de uma igreja plural em busca da verdade (que nunca ninguém possuirá por inteiro).
Como padre missionário dessa igreja, entendo e defendo sua preocupação na luta contra o aborto (sobretudo quando essa luta vai além da denúncia e se faz articulação concreta de uma rede de proteção às mães, de prevenção da violência sexual e de promoção da dignidade da mulher: graças a Deus, hoje muitas pessoas na igreja trabalham silenciosamente para isso!)
Não entendo, ao contrário desaprovo a intervenção do bispo de Recife que excomungou os médicos autores do aborto em questão. A discussão seria demorada, limito-me a oferecer algumas provocações para a reflexão de todos.
Nos deparamos com uma situação-limite, um caso extremo. Nunca se pode extrapolar de um caso limite uma lei geral e válida para todos. Nem considero legítimo fazer uso dessas situações extremas para divulgar a norma moral ordinária de uma instituição. Vou fazer um exemplo: é claro que de frente a um homicídio por legítima defesa ninguém pode clamar pelo desrespeito à vida e concluir que a sociedade está virando em favor do assassinato. Não pode um caso limite tornar-se referência da norma moral.Ao contrário, especialmente nesses casos limites cabe à Igreja a misericórdia, a compaixão, uma presença solidária e possivelmente silenciosa ao lado das vítimas e uma condenação dura das condições e pessoas que provocaram a violência.
a opinião de um bispo, mesmo se suportada por intervenções (menos polêmicas e violentas) do Vaticano e da CNBB, ainda não constitui doutrina moral oficial da Igreja. Quanto mais a igreja nas bases expressar sua visão complementar e não silenciar o dissenso, tanto mais contribuiremos à construção de uma comunidade de fé plural, em busca da verdade, capaz de diálogo e não necessariamente unida sobre todas as complexas questões de moral e ética. Hoje (mas já no Evangelho é assim) faz mais sentido uma pergunta humilde e sedenta de verdade do que uma resposta firme, mas arrogante e incapaz de diálogo.
É difícil estabelecer (cientifica e eticamente) quando começa a vida; não faz sentido colocar um ponto unívoco de referência, sendo a própria vida um processo. É complexo definir quem tem mais direito de viver, nos casos-limites como aquele ao qual nos referimos. A igreja e a ciência precisam de ajuda recíproca e de diálogo construtivo. Todas as vezes que o diálogo é interrompido pelo apelo a uma norma moral superior, o processo de respeito da vida e da humanidade regressa um pouco.
Outra igreja é possível e já deixou seu marco inapagável com dom Helder Câmara, na própria diocese de Recife, de onde o atual bispo soltou sua condenação inapelável à excomunhão.
Graças a Deus, há bispos e bispos. Nessa pluralidade, a igreja avança se tiver a coragem do diálogo e, sobretudo, se anunciar seus valores com a práxis humilde do serviço e do exemplo concreto.Dom Helder, no centenário de seu nascimento, continua protegendo essa igreja-povo-de-Deus.

pe. Dario Bossi

Missionário Comboniano
Açailândia - MA
Retirado do blog: Vida e missão neste chão: http://dariocombo.blogspot.com

domingo, 8 de março de 2009

Marchas buscam fortalecer luta por igualdade de gênero

Adital -
Para celebrar o Dia Internacional da Mulher, 8 de março, mulheres de todo o mundo realizarão manifestações a fim de fortalecer a luta por seus direitos e comemorar suas conquistas. As mobilizações buscam refletir os diferentes papéis desempenhados pela mulher no mundo atual tomado pela crise econômica e financeira, principalmente quando a Organização Internacional do Trabalho alerta sobre o risco de retrocesso nos avanços no campo do trabalho já obtidos pelas mulheres.
Dia Internacional da Mulher é celebrado com diversas manifestaçõeshttp://www.adital.com.br/site/noticia.asp?boletim=1&cod=37612&lang=PT
Hoje celebra-se o dia internacional da mulher.
Aproveito para enviar uma pequena e simples mensagem e para agradecer a Deus pela vossa presença em minha vida.
O meu forte abraço e a minha bênção. Com a estima e o carinho de sempre. Parabéns!
Pe. Odelir

À vocês Mulheres, que são amigas,
mãe, irmãs, cunhadas, primas, sobrinhas,
conselheiras, companheiras de fé e caminhada,
médicas, ternas, carinhosas, solidárias,
atenciosas, educadoras,cuidadosas,
que não compactuam com a sociedade machista,

violenta e consumista, que me ensinaram a ser mais homem,
menos machista, mais terno,
mais compassivo e paciente,a descobrir o lado feminino de Deus e de cada pessoa,

a ser mais solidário, a cuidar,
que rezam por mim,que me mostraram o caminho da autenticidade do ser religioso e consagrado, me ensinam a ser padre,
a suportar a dor e a não ser submisso,
a intensificar as alegrias e valorizar as pequenas coisas,
a acreditar no futuro, a ter esperança,
a ser mais eu com as outras pessoas, especialmente com vocês,
a ser mais vaidoso, a ser mais humano... e, assim, mais divino!
Por tudo isso, a todas vocês minha profunda gratidão.
Obrigado por existirem em minha vida e me ajudarem a crescer.
Parabéns pelo Dia Internacional da Mulher.
O meu forte e amigo abraço e a minha bênção. Com carinho,
Pe. Odelir

sexta-feira, 6 de março de 2009

Missão Ad gentes

A todos os amigos da Missão,

Desejo partilhar com vocês um trecho encontrado na Revista "Missões" que pode nos inspirar neste desejo de "partir" e evangelizar nas regiões mais distantes.

"Uma das definições da Missão Ad Gentes para explicar brevemente o que é Missão: é encontrar-se:

- na fronteira da fé: os missionários devem estar onde maiores são os riscos e a possibilidade de experimentar, de ser criativos, ...;

- na periferia da fé: os missionários não devem estar no centro do poder, mas onde reina a impotência, as muitas pobrezas que nas "periferias" se encontram;

- no deserto da fé: os missionários devem ir onde não vai ninguém, onde não tem ninguém nem como presença ou vida de Igreja."

quarta-feira, 4 de março de 2009

Comemorações




Seja Bem Vindo e Felicidades!




(da esquerda para direita: Cristina, Adélia, Pe Chico Lenzi e Vanessa)


Chegou a pouco tempo para o trabalho pastoral em Nova Contagem o padre Chico, vindo depois de 8 anos de trabalho na Itália, junto ao Centro de Recuperação dos missionários combonianos doentes e idosos.
Chico é quase mineiro, pois já trabalhou muitos anos na Paróquia Jesus Operário em Petrolândia, nas décadas de 80 e 90.
Assim, neste clima de amizade, recordações, encontro, festa... celebramos o seu aniversário, agradecendo a Deus pélo dom da Vida!!!

Despedidas




Nossa casa de formação LMC encontra-se localizada no Ipê Amarelo, que pertence a Paróquia São Domingos de Gusmão - Nova Contagem/MG, onde moram os Missionários Combonianos.
Nestes dias nos encontramos para celebrar, agradecer e nos despedir do padre Valentino Benigna, que encerra sua atividade pastoral aqui e vai morar em Guriri - ES.
Com seu jeito direto e sem meias palavras, soube transmitir-nos uma visão de fé que não pode ser ingenua e cheia de fantasias. Aprendemos muito com ele e com certeza, continuaremos unidos na luta. Nosso desejo é que tenha forças para continuar ajudando o pessoal a abrir o olho sem perder a esperança e o compromisso entre fé e vida.



terça-feira, 3 de março de 2009

Notícias

Olá queridos amigos e amigas LMC. Não posso expressar como já estou com saudades de todos e todas vocês. Hoje aqui em SP fui surpreendido ao saber que o Sudão está em um momento dificílimo e que a guerra pode recomeçar há qualquer momento. Fiquei pensando: "Por que ir ao Sudão em um momento tão difícil?" E respondi para mim mesmo: "Por que minha família está no Sudão e quero estar com eles neste momento difícil que estão vivendo, como também nos momentos alegres." Para acabar com a guerra? "Não, para sorrir e chorar com o povo que é minha família." Reze por nós. Também lembramos de vocês em nossas orações. Beijos e Abraços.
Vosso amigo saudoso,
Wellington

segunda-feira, 2 de março de 2009

Volta ao Mundo


"O nosso tempo (...) exige um renovado impulso na atividade missionária da Igreja. Os horizontes e as possibilidades da missão alargam-se, e é-nos pedido, a nós cristãos, a coragem apostólica, apoiada sobre a confiança no Espírito. Ele é o protagonista da Missão!" (Rmi 30)


Retorna hoje para o Sudão, nosso querido amigo Welington depois de férias em terras mineiras.

Desejamos um bom regresso junto ao Povo Nuer, com o qual tem convivido e aprendido tantas coisas. Nosso carinho, amizade e orações. Male!!! Vai em Paz, Irmão!!!

Notícias de Maputo


Aos amigos e Grupos de Apoio á Missão:


“Estou muito feliz em saber que as distancias não impedem vocês de apoiar a missão que Deus nos confia. Pelo Batismo todos somos missionários, por isso estejam certos que Deus está preparando o caminho de cada um. Vale a pena confiar e ser responsáveis em levar a Boa Nova e estar junto aos mais necessitados

Trabalho na promoção humana, junto as mães e também acompanho a liturgia e ajudo a organizar o dizimo. No dia da festa da padroeira, Santa Bakita, depois do almoço tivemos um momento de recreação e fizemos um teatro para incentivar o dizimo. Não imaginava como esta brincadeira ajudou o pessoal a refletir sobre o assunto e se comprometer. Isto faz parte.

Tenho três turmas do curso de costura, é um pouco cansativo, mas vale a pena. Os alunos do ano passado já estão fazendo uniformes escolares, pois aqui o uniforme é obrigatório. A última medida do governo, que muitas vezes parece não pensar nas dificuldades do povo, foi mudar a cor do uniforme e agora o prazo é de 45 dias para todos estarem com a cor nova. Muitas vezes a preocupação é a forma e não o conteúdo. Seguimos em frente atentos a estas situações.

Estamos sempre unidos em oração.


Guilherma Vicenti - lmc em Maputo/ Moçambique