terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Assembléia Internacional LMC


Um bonito relato sobre  nossa Assembléia Internacional LMC:


 
“Os LMC são obra querida por Deus e abençoada por Comboni”.

Nos dias 3 a 8 de Dezembro encontraram-se em Assembleia, na casa dos Missionários Combonianos da Maia, os coordenadores dos Leigos Missionários Combonianos de todos os países em que o Movimento está presente bem como os Comités central e dos diferentes continentes. Também estiveram representadas as Irmãs Missionárias Combonianas.

 

Na abertura recebemos, via Skype, as saudações do Superior Geral dos Missionários Combonianos, o Pe. Enrique Sanchez, que nos desafiou a encararmos o futuro do Movimento com confiança e serenidade. Salientou que a diversidade existente no Movimento é uma riqueza mas também um desafio. Apontou os temas da Identidade e da Espiritualidade como áreas a desenvolvermos para sermos cada vez mais “obra querida por Deus e abençoada por Comboni”.

“É necessário melhorar a comunicação entre os diferentes grupos
 para servirmos cada vez melhor a Missão.”

Os participantes, vindos da América, Africa e Europa, dialogaram acerca dos desafios da vocação de LMC e sobre o tema da Formação, com vista a uma maior unidade do Movimento a nível internacional. A necessidade de uma melhor comunicação entre os diferentes grupos foi também assumida como fundamental para servirmos cada vez melhor a Missão.  


 

A Assembleia teve um momento formativo orientado pelo Pe. Joaquim Valente que nos apresentou os temas “Uma nova visão da Igreja e da Missão” e “Ministério laical na regeneração de Africa”.

 
 
Durante a semana houve também uma visita ao Santuário de Fátima onde pudemos confiar a Maria, Mãe do Céu, os sonhos e anseios do nosso Movimento através da oração do Terço na Capelinha das Aparições.


 

Foi ainda eleito o novo Comité Central que nos próximos seis anos passará a ser constituído pelos LMC Alberto de la Portilla (Espanha), Cristina Paulek (Brasil) e Carlos Barros (Portugal); e pelos Missionários Combonianos Pe. Arlindo Pinto (Cúria MCCJ) e Pe. Maciej Mikolaj (MCCJ da Polónia).

 “A Assembleia caracterizou-se pelo trabalho,
pelo ambiente fraterno,
pelos momentos de oração sentida
e pelo convívio alegre.”

A Assembleia caracterizou-se pelo trabalho, pelo ambiente fraterno vivido entre os diferentes participantes, pelos momentos de oração sentida e pelo convívio alegre, como o vivido durante a atuação do rancho folclórico de Águas Santas.

 
 
Resta agradecer o esforço de todos que contribuíram para que o encontro decorresse bem, especialmente ao Comité Central dos LMC e à Comunidade dos Missionários Combonianos da Maia que nos deu um excelente acolhimento.

Por: Pedro Moreira, LMC
 

domingo, 2 de dezembro de 2012

Encontro LMC em Portugal





O Comitê Americano dos LMC esteve reunido em Maia – Portugal nos dias 29 a 01 de dezembro. Com a presença dos representantes do México, Manoela lmc e pe Fernando, Brasil, Cristina lmc e pe Jorge, Peru Corina lmc e pe Sergio, Estados Unidos, lmc Tracy,  Guatemala  com Oscar lmc e Ir Pepe e Colômbia com Ir Marco juntamente com pe  Leonardo – responsavel pelos lmc América e os representantes do Comitê Central LMC,  Alberto lmc e os pés Gunther e Arlindo.
Foram momentos intensos de partilha, de perceber como esta a caminhada de cada grupo, seus desafios e alegrias. 
Juntos traçamos algumas metas a serem seguidas como grupos americanos, dando nossos primeiros passos em vistas do crescimento e fortalecimento da vocação do Leig@s Missionári@s Combonian@s.
Como coordenação do Comitê Americano ficaram responsáveis Manuela do México e Cristina do Brasil juntamente com pe Leonardo.
Agora nos preparamos para iniciar no dia 02 a Assembléia Internacional dos LMC que seguirá até o dia 09 de dezembro com a participação dos representantes do comite Europeu e Africano.
Pedimos a Deus as luzes necessárias para este encontro e a São Daniel Comboni que nos ajude a seguir o caminho com nossa vocação lmc,

Cristina Paulek

domingo, 18 de novembro de 2012

Compromisso com a causa indígena

 



Uma bela experiência no coração da Amazonia! 
A presença do Osmar Marçoli - lmc na Causa Indigena na Amazonia.


https://skydrive.live.com/?cid=bc0c5cded1f325bd&id=BC0C5CDED1F325BD!238&sff=1

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Herança Missionária do Concílio Vaticano II

Manifesto de missionários/as e missiólogas/os reunidos em Puerto Vallarta, México

Por ocasião da celebração dos 50 anos do início do Vaticano II, nós missionári@s e missiólog@s, provenientes do México e do Brasil, queremos afirmar como herança do Concílio e compromisso nosso e do magistério latino-americano os seguintes dez pontos centrais:

1. Natureza missionária
A “natureza missionária” da Igreja (Ad Gentes 2, 6, 35; Aparecida/DAp 347), que se fundamenta no batismo de todos os cristãos, é sua razão de ser. Ela atravessa todas as instâncias e atividades eclesiais e as coloca em “estado de missão” (DAp 213).

2. Centralidade da Palavra de Deus
Jesus Cristo, plenitude da revelação (cf. 2Cor 1,20; 3,16-4,6), “ordenou aos Apóstolos que o Evangelho […] fosse por eles pregado a todos os homens” (Dei Verbum 7; cf. Verbum Domini), como fonte da vida. “A Palavra eterna fez-Se pequena; tão pequena que cabe numa manjedoura. […] Agora a Palavra tem um rosto, que por isso mesmo podemos ver: Jesus de Nazaré” (Verbum Domini 12).

3. Centralidade do Reino
A meta da Igreja e de sua missão é estar a serviço do Reino de Deus (cf. Lumen Gentium/LG 9; DAp 33, 190, 223) como “reino de `verdade e vida, reino de santidade e graça, reino de justiça, amor e paz´” (LG 36). A proclamação do reino, em atos e palavras, é historicamente relevante, muitas vezes, através dos “sinais dos tempos” (Gaudium et Spes/GS 4, 11; Presbyterorum Ordinis 9; Apostolicam Actuositatem 14; DAp 33, 366) que, mediante novas realidades sócio-históricas, representam uma mensagem imperativa às Igrejas.

4. Igreja, Povo de Deus
Reafirmamos com o Concílio Vaticano II a compreensão da Igreja como Povo de Deus (LG 9-17) do qual emanan vocações e setores eclesiais, inclusive as estruturas hierárquicas, de uma Igreja missionária e ministerial. “O apostolado dos leigos é participação na própria missão salvífica da Igreja. A este apostolado todos são destinados pelo próprio Senhor através do batismo e da confirmação” (LG 33).

5. Opção pelos pobres e “outros”
Desde Medellín (1968), o magisterio latino-americano deu um passo decisivo, da opção abstrata pelo “homem” à opção concreta pelos pobres e os “outros”, recentemente reafirmado em Aparecida (DAp 397-399): “O encontro com Jesus Cristo através dos pobres é uma dimensão constitutiva de nossa fé […]” (DAp 257).

6. Inculturação e libertação
Lutar pela construção de um mundo para todos, um mundo onde cabem a igualdade fraterna e a diferença de valores culturais, diferentes línguas e cosmovisões, significa assumir no mistério da encarnação de Jesus de Nazaré e de libertação pascal na cruz a causa dos crucificados na história (mártires!), lutando pela redistribuição dos bens e pelo reconhecimento da alteridade (cf. GS 29). “Toda evangelização há de ser, portanto, inculturação do Evangelho. […] A inculturação do Evangelho é um imperativo do seguimento de Jesus e é necessária para restaurar o rosto desfigurado do mundo” (cf. Santo Domingo 113; cf. LG 8; DAp 4, 97, 99b, 258, 325, 491, 479). “O rico magistério social da Igreja nos indica que não podemos conceber uma oferta de vida em Cristo sem um dinamismo de libertação integral, de humanização, de reconciliação e de inserção social” (DAp 359, cf. 26, 146, 399).

7. Salvação universal
“O Salvador quer que todos os homens se salvem” (LG 16; cf. 1Tim 2,4). Segundo o plano de salvação, a vida eterna é para todos. “Os que ainda não receberam o Evangelho se ordenam por diversos modos ao Povo de Deus” (LG 16). “O plano da salvação abrange também aqueles que reconhecem o Criador” (LG 16). De ninguém que procura “o Deus desconhecido em sombras e imagens, Deus está longe” (LG 16a). Todos “que sem culpa ignoram o Evangelho de Cristo e Sua Igreja, mas buscam a Deus com coração sincero e tentam, sob o influxo da graça, cumprir por obras a Sua vontade conhecida através do ditame da consciência, podem conseguir a salvação eterna” (LG 16). “Deus pode por caminhos d´Ele conhecidos levar à fé os homens que sem culpa própria ignoram o Evangelho” (AG 7a). A real possibilidade da salvação em Cristo sem conhecimento do Evangelho e a necessidade da Igreja (dos sacramentos, da evangelização explícita) para essa salvação não se excluem (cf. Redemptoris Missio 9, Dominus Iesus 20b).

8. Sinais de justiça e imagens de esperança
O seguimento de Jesus, na vida missionária, nos fez aprender a trabalhar com sinais de justiça e imagens de Esperança (luta pela justiça, cura dos enfermos, parábolas do reino). Jesus de Nazaré não mudou a totalidade da realidade social e não prometeu o paraíso na terra, porém fortaleceu nosso desejo de construir um mundo mais humano na terra e esperar confiantes “novos céus e nova terra” (Ap 21 e 22). “As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos os que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo” (GS 1). “[…] A igual dignidade das pessoas postula que se chegue a uma condição de vida mais humana e mais equitativa” (GS 29). Os sinais de justiça e imagens de esperança têm raízes nesta terra e asas para voar além desta terra.

9. Liberdade religiosa
A liberdade religiosa é um direito da pessoa humana e um pressuposto da missão: “Os homens todos devem ser imunes da coação […], de tal sorte que em asuntos religiosos ninguém seja obrigado a agir contra a própria consciência, nem se impeça de agir de acordo com ela” (Dignitatis Humanae/DH 2a). O direito à liberdade religiosa “continua a existir, ainda para aqueles que não satisfazem a obrigação de procurar a verdade e de a ela aderir” (DH 2b).

 10. Diálogo ecumênico, intercultural e interreligioso
“A Igreja Católica nada rejeita do que há de verdadeiro e santo nessas religiões. Ela considera com sincera atenção aqueles modos de agir e viver, aqueles preceitos e doutrinas. Se bem que em muitos pontos estejam em desacordo com os que ela mesma tem e anuncia, não raro, contudo, refletem lampejos daquela Verdade que ilumina a todos os homens” (Nostra Aetate 2). Os cristãos, diz a Gaudium et Spes, não são exclusivamente associados ao mistério pascal e à esperança da ressurreição: “Isto vale não somente para os cristãos, mas também para todos os homens de boa vontade em cujos corações a graça opera de modo invisível. [...] Devemos admitir que o Espírito Santo oferece a todos a possibilidade de se associarem, de modo conhecido por Deus, a este mistério pascal” (GS 22). “Hoje em muitas partes do mundo, mediante o sopro da graça do Espírito Santo, pela oração, pela palavra e pela ação, se empreendem muitas tentativas daquela plenitude de unidade que Jesus Cristo quis” (Unitatis Redintegratio 3), daquela unidade macroecumênica no Espírito Santo.

 Essa herança do Concílio, assumida e contextualizada para a América Latina e o Caribe pelo Magistério Latino-Americano, através das Conferências de Medellín (1968), Puebla (1979), Santo Domingo (1992) e Aparecida (2007), foi resgatada e reassumida por nós nesse II Encontro de Missionári@s e Missiólog@s, sob o olhar benigno de Santa Maria de Guadalupe, padroeira de Puerto Vallarta, Jal., México, em 13 de agosto de 2011.
fonte: http://paulosuess.blogspot.com.br/2011/08/manifiesto-misionero-de-puerto-vallarta.html

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Se queres a paz,...vai ao encontro dos pobres!


por Flavio Schmidt - lmc Moçambique
 
Neste 4 de Outubro, Festa de São Francisco de Assis, o santo da paz e da reconciliação. Em Moçambique, feriado nacional, dia do Acordo Geral da Paz, assinado há 20 anos. No editorial da revista VIDA NOVA, uma revista de formação e informação cristã, editada no Centro Catequético Paulo VI (Anchilo) na Arquidiocese de Nampula, lê-se uma memória do acontecimento na edição da revista de 1992 e faz-se uma reflexão da realidade, passados estes 20 anos.
No editorial de 1992, lia-se: "Há motivo para pensar que Moçambique é cobiçado pelo capital internacional, que atua através das companhias multinacionais, que - sabemos - obedecem só aos próprios planos de lucro sem considerar a vida dos grupos sociais mais pobres e desfavorecidos nem o desenvolvimento do país hospedante. Moçambique será alvo de um capitalismo selvagem onde os pobres se tornarão cada vez mais pobres e os ricos ainda mais ricos? Onde a diferença entre as várias camadas sociais aumentará cada vez mais. Este é o nosso medo".
"Dúvidas, então, em 1992. Certezas, hoje, em 2012! As piores previsões estão pontualmente a verificar-se. Afinal, o Acordo Geral foi assinado porque já era tempo de responder às pressões internacionais que pretendiam explorar os enormes recursos do país! Afinal, mais uma vez, não foi o povo moçambicano a beneficiar-se da assinatura do Acordo Geral de Paz!" (Trecho do Editorial da Revista Vida Nova, edição de Outubro 2012)
 
 

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Festival de Música Missionaria



Neste final de semana aconteceu na  Paróquia São Domingos de Gusmao, localizada na regiao de Nova Contagem, Minas Gerais, o Terceiro Festival de Música Missionária. 
Quer saber mais acesse http://www.combonianos.org.br/index.php/combonianos/testemunhos/488-3-festival-missionario-em-nova-contagem

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Mensagem do Papa aos leigos reunidos em África

07 de Setembro de 2012

«Corajosos agentes de paz e anunciadores da autêntica esperança», assim Bento XVI define os fiéis leigos «embaixadores» da Boa Nova em África. A mensagem do Papa foi enviada ao Presidente do «Pontifício Conselho para os Leigos», Card. Stanislaw Rylko, por ocasião do «2º Congresso pan-africano dos Leigos Católicos», que se realiza em Yaondé, nos Camarões, de 4 a 9 de Setembro.

No documento, o Santo Padre faz o seguinte apelo: «"Jamais deixem que a mentalidade relativista e niilista que atinge várias partes do nosso mundo abra uma brecha em sua realidade! Acolham e difundam com força renovada a mensagem de alegria e de esperança que Cristo traz. Mensagem capaz de purificar e reforçar os grandes valores das vossas culturas».

Bento XVI fala de África como o «continente da esperança», apesar das dificuldades que enfrenta, como é o caso do «terrorismo fundamentalista».

Ainda de acordo com o Papa, os «valores tradicionais» mais queridos pela cultura africana estão «ameaçados pela secularização» e aponta problemas como o tribalismo, a violência, a corrupção, a exploração, a miséria e a fome.

A mensagem papal alude, por outro lado, à «grande riqueza de recursos espirituais» dos africanos, como o «amor pela vida e a família, o sentido de alegria e de partilha».

Por fim, Bento XVI recorda os dois eventos eclesiais de relevo universal prestes a se realizarem: o Sínodo dos Bispos sobre a nova evangelização e o Ano da Fé, e reitera que «a missão brota da fé, dom de Deus a acolher, nutrir e aprofundar... o acolhimento deste dom divino está em sintonia com o ímpeto para o anúncio do Evangelho, numa espécie de 'círculo virtuoso', onde a fé move o anúncio e o anúncio reforça a fé».

Fonte -  (www.combonianos.pt)

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Reportagem - presença missionária

Programa de uma TV Portuguesa com matérias sobre as missões combonianas em Moçambique. Inclui um trecho sobre a Escola Industrial de Carapira, que é o lugar onde estou! Para quem quiser conhecer um pouco mais! Forte abraço a todos! Fiquem à vontade para comentar!

Flávio Schmidt

http://www.tvi.iol.pt/videos/13690961

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

“A Serviço da construção do Reino”


 

  por Guilherma Vicenti, LMC - Curitiba/PR

 


Para  chegar a algum lugar é preciso caminhar  consciente que no caminho encontramos obstáculos,  mas com fé tudo se supera.
Partilho um pouco com vocês o tempo que foi preciso que eu parasse  a caminhada.
Retornando da missão em Moçambique em 2010 para férias e revisão de saúde, parei   para uma cirurgia e o tratamento de quimioterapia. Uma parada para refletir e dialogar com Deus.
Não foi fácil este tempo, mas com  a força de Deus, consegui superar e estou me recuperando  e voltando a ativa.
Quero em primeiro lugar  agradecer a Deus, meus familiares, meus irmãos LMC’s, vizinhos, padres combonianos e todas as pessoas da comunidade que me deram força e apoio  nestes momentos difíceis. Assim com a força Dele, aos poucos vou retomando e já consegui dar um curso de costura na comunidade de Santa Ana e São Francisco, minha comunidade de origem, na Paróquia de Santa Amélia. Foi muito gratificante, mesmo que o tempo foi pouco para tantas coisas que queríamos fazer. 

  ... A vida é dom, mas passa rápido entre nossas mãos e
 apresenta-se muita frágil, pequenina; mas a semente 
de mostarda nas mãos do Criador é grandiosa.
 
Agora em junho fui, a convite de pe. Eugênio, diocesano, ministrar um curso de corte e
costura em Monte Mor, interior de Campinas
/SP. Trabalhamos juntos, pe. Eugênio, Lourdes e eu, em Nipepe-Moçambique,  em 2004 no Projeto Lichinga.  Não imaginava de nos encontrar novamente  e estar juntos neste momento de minha vida. Ministrei o curso de costura durante  os meses de junho e julho em duas comunidades.
De volta a Curitiba  agradeço a Deus pelo dom da vida e já estou pensando onde Deus me quer agora.
Este é meu jeito de servir a Missão do Reino. Sinto-me  feliz em poder estar com as pessoas, conversar, aprender e ensinar o que sei, ajudar os que precisam e oferecer a oportunidade de aprender um ofício.
A vida é dom, mas passa rápido entre nossas mãos e apresenta-se muita frágil, pequenina; mas a semente de mostarda nas mãos do Criador é grandiosa. 
Mais uma vez Obrigada por tudo o que fizeram por mim. Continuaremos unidos em oração e no ardor missionário a exemplo de São Daniel Comboni.   Abraços Gui

 Outras noticias no Informativo Leigos Missionários Combonianos



A PALAVRA DE DEUS EXIGE TAMBÉM UMA RESPOSTA A NÍVEL SOCIAL


Roma: quarta-feira, 22 de agosto de 2012

“A minha profunda conversão a Jesus de Nazaré chegou quando escolhi descer aos submundos da história, aos bairros de lata de Korogocho. Os doze anos vividos nos bairros de lata de Korogocho mudaram profundamente a minha leitura das Escrituras. Em Korogocho compreendi uma coisa fundamental: o contexto em que se lê um texto é tão importante como o próprio texto. Um trecho do Evangelho de Marcos lido numa vila de Roma ou lido num bairro de lata de Korogocho, assume significados bem diferentes!” P. Alex Zanotelli.

A PALAVRA DE DEUS NA MINHA VIDA

A carta do Conselho Geral «A Palavra de Deus no nosso ser e agir missionário», recorda-nos a todos nós missionários combonianos a centralidade da Palavra para a missão hoje. «Enquanto missionários somos homens da Palavra – assim o afirma a carta – isto é, pessoas que a descobriram e aceitaram o desafio de ser testemunhas, mensageiros e anunciadores em todo o mundo.» Não pode haver missão sem esta paixão pela Palavra, uma Palavra viva e vivida. «Uma Palavra – afirma ainda a carta – que se fez carne e que se chama Jesus.» É fundamental esta referência a Jesus de Nazaré, em cujo rosto reconhecemos o «mistério de Deus, o qual sendo incognoscível, se tornou familiar e próximo de nós» na experiência histórica de Jesus de Nazaré.
«A viragem de que o cristianismo actual precisa – escreve o biblista espanhol Pagola, o autor do conhecido volume “Jesus, uma abordagem histórica” – consiste simplesmente em voltar a Jesus Cristo, ou seja em concentrar-nos com mais autenticidade e com mais fidelidade sobre a pessoa de Jesus e sobre o seu projecto do Reino de Deus. Creio que esta conversão seja a coisa mais urgente e mais importante que possa acontecer na Igreja nos próximos anos.» Só assim a Igreja reencontrará o gosto da missão. E nós missionários, a alegria do anúncio daquele pobre Jesus de Nazaré, crucificado pelo Império, mas vivo pelo poder de Deus. Foi esta a grande viragem da minha vida missionária, a conversão a Jesus de Nazaré. Uma longa e penosa procura que durou quarenta anos passando de uma crise profunda à alegre descoberta daquele pobre Galileu que partilhou as sortes do seu povo sob o calcanhar do imperialismo romano até fazer as contas com ele, morrendo como um instigador contra o sistema. Se a Palavra se fez carne no carpinteiro de Nazaré, se acreditamos na encarnação, então torna-se importante conhecer como Jesus se movimentou naquela sua terra, naquele determinado momento histórico, como afirma o bispo anglicano T. Wright.
É aquilo que hoje passa sob o nome de “pesquisa do Jesus histórico”. Isto havia significado para mim, empenho sério de leitura, pesquisa, reflexão, mas não fora suficiente. A minha profunda conversão a Jesus de Nazaré chegou quando escolhi descer aos submundos da história, aos bairros de lata de Korogocho. Os doze anos vividos nos bairros de lata de Korogocho mudaram profundamente a minha leitura das Escrituras. (Semanalmente enquanto comunidade comboniana dedicávamos um dia à leitura de um Evangelho utilizando também o melhor da investigação bíblica). Em Korogocho compreendi uma coisa fundamental: o contexto em que se lê um texto é tão importante como o próprio texto. Um trecho do Evangelho de Marcos lido numa vila de Roma ou lido num bairro de lata de Korogocho, assume significados bem diferentes!
Faço questão de notar que é o próprio magistério da Igreja no documento: «A interpretação da Bíblia na Igreja» (1993) que o afirma: «Toda a tradição bíblica e, de modo mais considerável, o ensinamento de Jesus nos evangelhos – afirma o documento – indicam como ouvintes privilegiados da Palavra de Deus aqueles que o mundo considera gente de humilde condição. Jesus reconheceu que certas coisas mantidas ocultas aos sábios e aos entendidos foram reveladas aos pobres (Mt 11, 25-27). Aqueles que na sua impotência, na sua privação de recursos humanos se sentem impulsionados a colocar a sua única esperança em Deus e na sua justiça, têm uma capacidade de escutar e de interpretar a Palavra de Deus que deve ser tomada em séria consideração por toda a Igreja e exige também uma resposta a nível social.»
Constatei quanto isto seja verdade precisamente ao viver em Korogocho, ao participar nas pequenas comunidades cristãs, ao ouvir a Palavra lida pelas vítimas do sistema. «Os crucificados, os empobrecidos, os marginalizados são o rosto de Cristo – escreve o teólogo francês Bruno Chenu. A identificação não é genérica, mas personalizada: cada rosto de pobre é ícone de Cristo. E, por isso, o pobre torna-se revelador da má ordem do mundo, denunciada pela injustiça reinante…» Foram os pobres, os doentes de sida, os marginalizados a anunciar-me o Evangelho. São eles os sujeitos da evangelização!
É este o coração da intuição de Jesus: os pobres não são os objectos a quem fazer a caridade, mas os sujeitos da boa nova! Foi precisamente em Korogocho que comecei a compreender quanto era burguesa, racionalista, iluminista, esquizofrénica a minha leitura da Bíblia. E lendo-a com os pobres compreendi que Deus toma partido. Deus não é neutral, mas antes profundamente alinhado. Deus é o Deus dos escravos, dos oprimidos, dos marginalizados. Deus não quer escravos, oprimidos, mas quer homens livres. Isto obrigou-me a reler as Escrituras, tanto o Novo como o Antigo Testamento. Um caminho muito bem expresso no recente volume «Come out, my people» (Sai, meu povo) do biblista americano Wes-Howard Brook. A minha paixão de hoje pela Palavra nasce deste longo, atormentado, mas alegre caminho de conversão, antes de mais a Jesus de Nazaré («Só conheço Jesus Cristo e este crucificado») e aos crucificados da história que me permitiram ler as Escrituras com outros olhos e partindo delas compreender em que espécie de sistema económico-financeiro vivemos.
A estas duas conversões fundamentais tenho de acrescentar uma terceira que maturei ao regressar a Itália e ao trabalhar no norte do mundo. Empenhei-me muito em campo ecológico e ambiental tanto ao nível local de Nápoles como a nível global. Isto levou-me a reflectir seriamente sobre o ambiente, sobre o Planeta Terra, sobre o Cosmos. E quanto mais reflecti, mais me convenci do que dizia Santo Agostinho, isto é, de que a primeira Bíblia que Deus nos deu é o Cosmos, o Planeta Terra (Deus empregou mais de quatro mil milhões de anos a prepará-lo para nós!). É fundamental para todos nós, hoje, a recuperação desta primeira e fundamental Palavra de Deus que deve depois levar-nos a um sentido de profundo respeito e veneração para com tudo aquilo que nos circunda. Só assim poderemos sair deste sistema de morte que mata por fome, por guerra, mas mata também o Planeta. Nós missionários, anunciadores apaixonados de Jesus de Nazaré, devemos responder ao «grito dos pobres» e ao «grito da Terra»!
Nápoles, 30 de Julho de 2012
P. Alex Zanotelli


Fonte - http://www.comboni.org/contenuto/view/id/106121

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Manifestação dos Povos Indigenas em Ji- Paraná/RO



            Cerca de 230 indígenas de 25 etnias do Estado de Rondônia se reuniram no dia  15 de agosto na quadra da Paróquia Dom Bosco, cidade de Ji-Paraná, para discutirem sobre uma série de medidas truculentas do Governo Federal que vergonhosamente vem ignorando os Direitos Constitucionais dos indígenas, a fim de favorecer, beneficiar o grande capital. 
         Após a reunião, o grupo saiu em protesto pelas ruas da Cidade de Ji-Paraná, o ato culminou com o fechamento da ponte sobre o Rio Machado, BR 364. Os indígenas protestaram contra a Portaria 303 de 16 de Julho de 2012 da AGU- Advocacia geral da União que trata sobre a demarcação de suas terras e o projeto de lei que autoriza a mineração em terras indígenas.
         “Essa portaria não está a favor do povo indígena. Nós queremos todos os direitos que a Constituição nos garante. Essa portaria vem só para tirar nossos direitos e nós não concordamos com isso. Enquanto ela permanecer, nós vamos continuar as manifestações”, afirma Heliton Gavião, coordenador regional do movimento indígena.

"... nós Povos indígenas estamos vivos
 e vamos continuar defendendo 
nossos direitos..."
 
       “Tudo que nós povos indígenas queremos é viver com dignidade e respeito sobre o que restou de nossas terras tradicionais, mas depois de 512 anos o Governo do Brasil parece não estar satisfeito com toda violência que já cometeu no passado contra os povos indígenas. Mais uma vez se alia, se junta aos poderosos para tirar nossos Direitos, por isto estamos gritando bem forte para toda sociedade saber que nós Povos indígenas estamos vivos e vamos continuar defendendo nossos direitos até o fim, não queremos violência, queremos respeito pela nossa cultura e o Direito de vivermos em nossa terra.” (Antenor Karitiana).
A mobilização foi marcada pela grande participação das mulheres, jovens e crianças.
“É muito importante que os jovens estão participando, porque se hoje estamos aqui é porque os velhos nos ensinaram a lutar, e hoje estou trazendo meus filhos para que eles aprendam que é importante lutar pelos nossos Direitos”. (Carlão Arara). 

fonte: por Rose Mary Candido Plans - Pastoral Indigenista de Ji-Paraná.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Notícias de Moçambique



TEMPO DE GRAÇA
Flávio Schmidt, LMC 

É, o tempo passa muito rápido. E diz-se ainda que passa mais rápido quando está a se fazer o que se gosta. Assim foram os meus primeiros 7 meses em Moçambique: passaram muito depressa, que nem notei o tempo passar. Não porque estivesse alheio e perdido nos acontecimentos, mas porque vivia-os intensamente.
Durante este tempo por aqui, que para mim tem sido verdadeiramente um Kairós (tempo de graça), tenho aprendido muita coisa. Na escola, na vivência em comunidade e como equipa missionária, na visita às comunidades, com sua fé e espiritualidade, mas sobretudo tenho aprendido muito na convivência com as pessoas. Ser missionário também nos proporciona esta possibilidade de crescimento em todos os âmbitos do nosso ser. Realmente, quando confiamos em Cristo e nos colocamos ao seu serviço, não se perde nada, mas se ganha muito.

“(…) agradeço a Deus por todos os momentos
 vividos neste tempo.”

É bem verdade que nem tudo são flores. Mas não é mesmo assim na nossa vida cotidiana? Então como não o seria na missão, quando estamos inseridos em outra realidade, seja de cultura, de espaços, de conceitos, de pessoas? Assim, durante este tempo também tive algumas dificuldades, desafios pessoais, questionamentos e reflexões. Mas nada disso me fez em algum momento desistir ou não querer estar aqui. Pelo contrário, também contribuíram, e muito, para o meu crescimento na vida e na fé. Por isso agradeço a Deus por todos os momentos vividos neste tempo.

  À sombra de um cajueiro, após a celebração de Domingo na comunidade de Erope

A missão é feita de vida, e a vida é feita destes momentos, alegres e tristes, bons e difíceis, animadores e desafiadores. Se assim não fosse, seria uma ficção, e não a realidade.
Assim, todos os acontecimentos, todos esses momentos experimentados na vida missionária servem de impulso e motivação para seguir, buscando dar o melhor como operário que colabora na construção do Reino de Deus, Reino que já está presente aqui também desde a criação do mundo.

“Ser missionário também nos proporciona esta possibilidade 
de crescimento em todos os âmbitos do nosso ser. ”

Deste modo, gostaria de convidar a fazermos uma prece por todos missionários e missionárias além-fronteiras, para que aproveitem cada momento vivido como oportunidade de crescimento, iluminados sempre pela ação do Espírito Santo de Deus. 

fonte: Batuques da Savana



Visita do pe Camilo Pauletti á Carapira

 Na foto: pe Camilo, Liliana (lmc portuguesa), Flávio, pe Alfredo e Carlos (lmc português)
No dia 1 de Agosto a equipe Missionária LMC em Carapira, recebeu a visita do Pe. Camilo Pauletti, Diretor das Pontíficias Obras Missionárias do Brasil, que se encontra em visita aos missionários brasileiros em Moçambique. Durante a sua visita aproveitou para conhecer o trabalho realizado pelos Leigos Missionários Combonianos na Escola Industrial de Carapira e na pastoral, principalmente pelo lmc brasileiro Flávio Schmidt, de São José dos Campos/SP, que está em Moçambique desde janeiro.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Leiga Comboniana da Polonia enviada em missão para Uganda




Roma: segunda-feira, 16 de Julho de 2012
No dia 15 de Junho passado, Danuta declarou, na comunidade comboniana de Cracóvia, a sua decisão de aderir ao movimento dos Leigos Missionários Combonianos (LMC) e a sua disponibilidade de partir para a missão além-fronteiras. Fê-lo durante uma celebração eucarística presidida pelo superior dos Missionários Combonianos da Polónia, P. Gianni Gaiga. A participar na celebração, estavam os familiares e amigos de Danuta e alguns confrades combonianos. Danuta irá trabalhar durante dois anos no hospital diocesano de Matany, no Uganda, para “ser – disse – testemunha do amor de Deus”.

Danuta entregou-se à vontade Deus como se pode ver através das palavras sentidas da sua declaração pública: “Oh meu Deus, Tu és quem dá a vida e a vocação! Obrigado por tudo o que me deste de belo, desde a minha família maravilhosa e os meus amigos insubstituíveis, aos Missionários Combonianos e a São Daniel Comboni, cujo exemplo devemos seguir. Estou-Te imensamente grata por me teres dado diversos sinais e indicações, pela possibilidade de participar em vários retiros, e ainda pela Tua Palavra e o Evangelho, por meio dos quais tive a magnífica oportunidade de conhecer a beleza da vocação missionária. Deixa que exprima hoje diante de Ti e a tua comunidade comboniana a minha vontade firme de Te servir como leiga missionária comboniana. Eu abandono-me completamente a Ti, com todas as minhas capacidades e habilidades, com tudo o que de meu poderá vir a ser útil a aqueles aos quais me estás agora a enviar. Que a Tua força possa vir ao meu encontro nas minhas fraquezas, a Tua sabedoria na minha falta de conhecimento, a Tua bondade e o Teu amor em todas as minhas decisões e acções! Sê generoso comigo com os dons do Espírito Santo! Que a minha vida possa contribuir para a realização do Teu sonho de que ‘possamos ter vida e tê-la em abundância’. Amém.”
Como leiga missionária comboniana, Danuta irá trabalhar durante dois anos no hospital diocesano de Matany, no Uganda, para “ser – disse – testemunha do amor de Deus”.
“Este é um passo decisivo – disse P. Gaiga – para expandir a nossa Família Comboniana também através dos cidadãos deste país, para além da divulgação do carisma de São Daniel Comboni aqui entre nós. Estamos todos muito orgulhosos de Danuta e espero que surjam outros missionários leigos que sigam as suas pegadas.”